O Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE) divulgou ontem a edição 2011 da Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios (Munic), que, pela primeira vez, incluiu dados sobre a infraestrutura de saneamento básico. Na Paraíba, apenas 27 (12,1%) dos 223 municípios têm políticas definidas nesse âmbito e somente nove a instituíram por lei. O número dá ao Estado um percentual menor que o da média nacional (28,2%) apresentada na pesquisa, que traz ainda dados sobre temas como gestão de resíduos sólidos, prevenção de riscos, habitação, saúde e políticas de inclusão educacional.
Na maioria desses municípios da Paraíba que têm políticas de saneamento, elas são voltadas para a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos. Dos 27 contabilizados, 25 têm políticas dedicadas ao abastecimento de água, em 19 para o esgotamento sanitário e em 23 para a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Apesar do IBGE ter divulgado os dados, ainda não foram divulgados os nomes dos municípios que adotam essas políticas.
Segundo o presidente do sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco/PB), George Cunha, a falta de infraestrutura de saneamento básico afeta diretamente a qualidade de vida da população.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que “cada R$ 1 investido em saneamento básico, representa R$ 5 gastos com saúde”, ressaltou George Cunha.
No Brasil, dos 5565 municípios cujas prefeituras responderam aos questionários da pesquisa (todos do país, exceto Abaré-BA), 1569 contavam com política de saneamento básico.
A Munic 2011 apresentou também dados sobre políticas de coleta seletiva nos municípios brasileiros. Na Paraíba, apenas sete têm ações ou programas nesse sentido desenvolvidos pelas administrações municipais. O Estado é o que tem o sétimo menor número de municípios com coleta seletiva no Brasil, à frente apenas de Rondônia (5), Acre (4), Amapá (3), Tocantins (3), Sergipe (2) e Piauí (2), todos com menos cidades que a Paraíba, com exceção do Piauí, que tem 224. No país, 1976 municípios têm coleta seletiva.
Fonte: Jornal Correio da Paraíba